Página Inicial / Notícias / Detalhe da notícia


22
Agosto

Bloqueio parcial na BR 386 prejudica mobilidade e provoca reclamações



Dez meses após o bloqueio de um quilômetro em uma das pistas da BR 386, trecho sobre o Rio Caí, que tem afetado a mobilidade entre as cidades de Nova Santa Rita e Montenegro, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) anunciou que não há data definida para contratação do serviço de restauro da ponte. A interdição parcial, no km 427, sentido interior-capital, acontece desde outubro de 2016, pela necessidade de reforço da estrutura já existente. A ponte apresenta movimento pendular acima do normal, podendo ceder com o alto fluxo de veículos de carga.

O diretor administrativo do Comitê de Fomento Industrial do Polo (COFIP), de Triunfo, Sidnei Alves dos Anjos, comenta que a BR 386 é o corredor de escoamento e recebimento de mercadorias, produtos e insumos e que o bloqueio de uma das pistas tem causado um verdadeiro transtorno na logística dos negócios. “Sabemos a ponte é antiga e que com a passagem de caminhões e máquinas pesadas é natural que devam ser feitos reparos. O grande problema é a questão do tempo que se espera para que isso seja feito. O afunilamento da estrada interfere no fluxo, no tempo e na gestão do meio produtivo. A problemática vai muito além dos prejuízos econômicos. O reestabelecimento à normalidade deve ser uma prioridade, pois estamos diante de um triste retrocesso.”

O responsável de desenvolvimento da Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agropecuária (Acisa) de Nova Santa Rita e diretor da Federasul (Regional Vale do Sinos), Angelo Fontana, também cobra intervenções positivas, e céleres, para pôr fim ao estrangulamento da rodovia. “É causa de longos congestionamentos, filas enormes, um transtorno para quem volta para casa. O tempo de espera no trânsito se alarga muito. A conversão da via dupla, que passou a ser simples naquele quilômetro, é um retrocesso na mobilidade. Voltamos à estaca zero”, afirmou Fontana.

Em nota, o Dnit/RS esclarece que apesar dos transtornos causados pelo afunilamento do tráfego no local, responsável pela lentidão em momentos de pico, a rodovia não está interditada e não se enquadra em uma situação de obra emergencial, razão pela qual, optou-se pela Contratação Integrada do Projeto e da Execução das Obras necessárias a recuperação da estrutura, através do Regime Diferenciado de Contratação. Esta modalidade, segundo o órgão, permitirá uma otimização das etapas de diagnóstico, projeto e execução dos serviços através de uma única contratação.

Neste sentido, além do processo licitatório, faz-se necessário a elaboração de um anteprojeto de engenharia que, segundo o Dnit, já está concluído. O processo licitatório (Atos Preparatório e Termo de Referência), encontram-se em tramitação. No entanto, a autarquia informa que os recursos disponíveis são escassos e os trâmites burocráticos impostos pelos órgãos de controle fazem com que o desenvolvimento de todo anteprojeto e edital para contratação da empresa, que fará a restauração da ponte, não seja de imediato e com data imprevisível.

Fonte: Correio do Povo


Dados enviados com sucesso!
Página Inicial / Notícias / Detalhe da notícia