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04
Maio

Estação Braskem: uma escola em meio ao verde



Equipes pedagógicas das escolas da rede municipal de Montenegro realizaram ontem uma visita para conhecer a Estação Ambiental da Braskem. O objetivo é de que os gestores de instituições também entrem em contato com esse espaço destinado à educação ambiental, além dos professores e alunos que o visitam regularmente. Localizada no “cinturão verde” do Polo Petroquímico de Triunfo, a área fundada na década de 80 tem 98 hectares de biodiversidade de aves, peixes e animais em mata nativa às margens do Rio Caí.



Na estação já foram catalogadas quase três mil espécies de vegetais e animais — algumas inéditas para a ciência. Os diretores assistiram a vídeos institucionais, percorreram trilhas junto à vegetação em direção ao rio e visitaram o museu com os animais empalhados de espécies que podem ser encontradas na região. O foco do parque é promover educação ambiental para alunos do Ensino Fundamental. Crianças das séries iniciais aprendem sobre cidadania, enquanto que a partir do quinto ano são explorados temas como tratamento de resíduos, cuidado s com a água, biodiversidade e sustentabilidade.



A diretora de Educação de Montenegro, Rita Júlia Carneiro Fleck, explica que o relacionamento com a indústria de plásticos se intensificou após a reforma na Estação Cultura, que teve patrocínio da empresa e tornou possível o Espaço Braskem em Montenegro. “Eles nos apoiam em diversas iniciativas, como aulas de teatro para professores e apresentação do Borguettinho, que deve acontecer na próxima semana. Agora os diretores, vice-diretores e coordenadores pedagógicos têm a oportunidade de conhecer essa área de preservação ambiental”, aponta Rita Júlia.



Após a exibição do primeiro vídeo sobre o parque, a bióloga Sabrina Spindler, que faz a visita guiada com as crianças, destaca o objetivo maior do projeto: “Nossa mensagem é para que os estudantes compreendam que é possível haver desenvolvimento industrial e conservação da natureza”.



Encontro com animais silvestres

O projeto é aberto para as escolas de Montenegro, Nova Santa Rita e de Triunfo por se tratar de cidades vizinhas ao Pólo Petroquímico. As visitas são realizadas entre terça-feira e sexta-feira, sempre pela manhã. A cada semestre, 30 escolas dessas cidades visitam a Estação Ambiental. São turmas com cerca de 30 alunos e cada uma passa cerca de uma hora e meia no espaço. A empresa oferece o transporte para a visitação. Cada instituição de ensino que leva um grupo alunos recebe com antecedência um “Kit Ecodidático” para eles se familiarizarem com todo o ecossistema que vão encontrar pela frente. “O que mais me encanta ver é quando eles visualizam algum animal silvestre. Isso é o mais prazeroso”, conta Sabrina.



Um dos prédios na Estação Ambiental é chamado de Sala do Plástico, pois ajuda a contar de maneira lúdica como materiais extraídos do Petróleo e da cana-de-açúcar se transformam em plástico comum e plástico ecológico, respectivamente. Apenas no museu, que fica em uma sala ampla, anexa ao mesmo prédio, existem 80 espécies de bichos empalhados, o que facilita a compreensão quanto ao mundo animal. Ainda há um jardim sensorial. “É um jardim onde vendamos os olhos deles e eles sentem, tocam e cheiram algumas plantas. Passeando pelas trilhas, eles podem praticar a observação da natureza até mesmo com o uso de microscópios também”, explica a relações institucionais e também responsável pelo projeto educacional, Denise Marques.



Um mundo real para práticas pedagógicas

A empresa mantenedora do parque possui um conselho junto às comunidades onde atuam com o projeto educacional. São os facilitadores, que levam demandas da comunidade às empresas do Polo e auxiliam nas relações institucionais. Montenegro possui 10 conselheiras e uma delas acompanhou a visita dos diretores escolares. “Nós conhecemos os projetos de antemão e quando ocorrem reformas junto ao patrimônio histórico também vamos ao local acompanhar o ritmo dos trabalhos. E ainda participamos de outros projetos, como o recolhimento de garrafas pet para que não contamine o meio ambiente, recolhimento de óleo de cozinha usado para transformar em sabão, sempre como mediadores entre a comunidade e o polo”, afirma Ingrid Cristina Schenkel.



Os visitantes, embora já adultos, tiveram ontem o mesmo encanto que as crianças ao conhecer uma estrutura junto à natureza que auxilia tanto na conservação do planeta quanto na educação ambiental. “É muito interessante. Os alunos vivem fechados, em sala de aula ou no meio urbano. A maioria não conhece a vida na mata. É raro vermos animais silvestres.



Aqui há animais exóticos e a gente sabe que eles nem têm conhecimento de tamanha biodiversidade. Isso ajuda a formar a concepção ecológica”, afirma a vice-diretora da Escola São Paulo, Camila Woichinsk. A beleza do lugar também chamou a atenção da diretora da Emei Maria Laurinda, Rossana Hernandes. “É muito lindo. O trabalho que eles fazem para reduzir os impactos ao meio ambiente, tendo esse ecossistema junto à fábrica. Essa oportunidade das crianças conhecerem os animais tão perto da cidade auxilia no processo de aprendizagem”, conta. Alice Nedel, diretora na Escola José Flores Cruz, disse que a experiência junto à natureza desenvolve várias atividades pedagógicas. “Aqui eles vivenciam de perto o que só tinham acesso por revista, televisão ou livros didáticos. Muito interessante e muito válido para a formação deles”, destaca Alice.



Já a orientadora educacional da Escola Santo Antônio, Lisângela Santos, ficou interessada na possibilidade de a visitação ser aberta também para crianças até seis anos de idade. “Hoje o projeto atinge somente o Fundamental, mas as coordenadoras falaram que podem abrir para a Educação Infantil. Queremos trazer uma turma de Jardim da Infância. Eles vão ficar encantados. Esse lugar foi pensado pra educar e o contato visual é tudo para o aprendizado da criança”, salienta Lisângela.



Fonte: Jornal Ibiá.


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