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Fevereiro

Déficit em produtos químicos tem novo recorde, de US$ 63,4 bi, nos últimos 12 meses


Brasil precisa sincronizar políticas de estímulo industrial e de comércio exterior, de maneira equilibrada e pragmática

Fonte: https://abiquim.org.br/comunicacao/noticia/10622 (23/2/23)

As importações brasileiras de produtos químicos totalizaram US$ 5,4 bilhões em janeiro de 2023, o que representa um aumento de 7,7% em relação ao total de janeiro de 2022, mas uma redução de 2,2% na comparação com o último mês (dezembro) do ano passado. Em termos de quantidades físicas, desde agosto de 2022, quando foi registrado o teto de 6 milhões de toneladas, os volumes importados seguem recuando mensalmente, sendo que, pela primeira vez, desde janeiro de 2022, as importações mensais não superam 4 milhões de toneladas. A alta do valor importado reflete um movimento internacional de elevação de preços, estimulado pela crise energética internacional, em especial do gás, após o advento do conflito entre Rússia e Ucrânia.

Para a Diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna, 2023 deverá ser um ano decisivo para o setor, de formatação de uma Política de Estado, de longo prazo, de reindustrialização e de competitividade, alicerçada em ampla interlocução com os setores produtivos, avaliação dos impactos econômicos, respeitando as particularidades de cada setor; previsibilidade e segurança jurídica; reciprocidade e respeito às regras fundamentais do Mercosul e da OMC. “O Brasil possui uma janela importante de oportunidades para se reindustrializar com suas vantagens comparativas. Contudo, elas somente se tornarão vantagens competitivas caso haja previsibilidade regulatória e fortalecimento de uma agenda robusta de competitividade, conciliando políticas de estímulo industrial e de comércio exterior, de maneira equilibrada e condicionada às demais entregas de reformas estruturais da economia brasileira, incorporando medidas objetivas de facilitação de comércio, de garantias normativas ao sistema de defesa comercial e tratando do acesso a mercados para produtos brasileiros via negociação de acordos comerciais estratégicos. A indústria química tem muito a devolver ao Brasil em termos de investimentos, geração de empregos e de renda, que podem elevar o país a outro patamar de desenvolvimento”, destaca Fátima Giovanna.


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